História do ford T
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História do ford T
Grande parte do desenvolvimento do automóvel e sua expansão pelo mundo se deve a um homem: Henry Ford. Este pioneiro da indústria automobilística transformou o carro de artigo de luxo em necessidade.
~Henry Ford, em 1921, com sua criação que mudou o mundo: um carro simples, produzido em massa e vendido com grande sucesso mundo afora
Desde sua concepção, o T deveria ser um carro feito para o povo, para que cada americano pudesse ter um. Ford empregou em sua construção cerca de 20 ligas de metal diferentes, buscando encontrar a melhor peça para cada função. A maioria dessas peças era construída com ligas de aço vanádio, um tipo de aço mais leve e resistente que os empregados pelas outras fábricas americanas da época.
A maior invenção de Ford foi, no entanto, a linha de montagem. Embora o Modelo T vendesse bem desde seu lançamento, devido à robustez mecânica e o baixo preço -- US$ 860 --, Ford pensava em como poderia aumentar ainda mais a produção. A revolução veio em 1913, aproveitando componentes intercambiáveis e folgas e estudando tempo e movimento de montagem dos carros, Ford, inspirado nos processos produtivos dos revólveres Colt e das máquinas Singer, criou a primeira linha de montagem de automóveis da história. O processo consistia em realizar a montagem do carro em cima de uma esteira, que levava os componentes até os funcionários para que colocassem as peças na carcaça. Esse processo resultou numa crescente especialização do trabalho com os funcionários, constantemente realizando tarefas repetitivas.
Devido ao novo processo, o tempo de produção do Modelo T caiu de 12 horas para apenas uma hora e meia, e com o passar do tempo diminuiu ainda mais. Ford pôs em prática a política de produção em massa para consumo em massa. O modelo, que em 1909 custava US$ 900, passou para US$ 600 em 1913 e o preço foi diminuindo cada vez mais, até chegar a incríveis US$ 260. (tão popular na época quanto difícil de conseguir no jogo...precisa de todas licensas gold na superlicense do gt4...)
Desde que fosse preto... Detalhe curioso é que o Modelo T só era oferecido em uma cor. Conta-se que Ford dizia que se podia comprar o T de qualquer cor, contanto que fosse preto... Isso ocorria porque a tinta preta é mais barata e seca mais rápido que as demais cores, o que agiliza o processo produtivo. Apesar da restrição cromática, o carro foi um sucesso e teve enorme procura. Então, Ford começou a contratar funcionários e construir outras fábricas. Uma nova revolução estava a caminho.
Ford decidiu dobrar o salário de seus funcionários, passando a hora de trabalho de US$ 2,14 para R$ 5,00. A procura pelos empregos foi gigantesca e tal medida provocou um abalo na bolsa de Nova York, conhecido como o Five Dollar Day (dia dos cinco dólares). Os números de produção do Modelo T eram impressionantes, assim como a eficiência do processo produtivo adotado por Ford. Para se ter uma idéia dos números, em 1914 a Ford tinha 13.000 empregados que produziam 308.162 carros, enquanto as outras 299 montadoras do mundo possuíam juntas 66.350 empregados e produziam apenas 280.000 veículos.
À medida em que a produção aumentava, os preços diminuíam, e com isso o modelo ganhava as ruas do mundo. Por volta de 1920, de cada dois carros no mundo, um era o Ford Modelo T. A produção em linha de montagem e a baixa dos preços faziam com que o carro se tornasse cada vez mais popular e passasse a ocupar um importante lugar na sociedade moderna, tornando-se inclusive um símbolo. A popularização do automóvel modificou de forma brusca as cidades.
Com a facilidade dos transportes, as famílias mais abastadas podiam morar longe dos centros urbanos e se dirigir a eles pelas rodovias que estavam sendo abertas. As cidades cresciam em círculos concêntricos, à medida em que as elites se afastavam do centro para viver nas confortáveis casas do subúrbio. As cidades se organizavam em torno do automóvel.
O impacto do modelo de produção implantado por Ford, contudo, não se restringia a suas influências ao mundo do carro. Sua política de produção e consumo em massa atingia todos os setores da indústria. Tal processo produtivo passou a ser chamado de "fordismo" e seria a principal força do capitalismo do século XX. A grande indústria é a mola propulsora do desenvolvimento. Quando Juscelino Kubitschek decidiu fazer o Brasil crescer "50 anos em cinco", uma de suas primeiras medidas foi trazer a indústria automobilística.
O fordismo, no entanto, está presente em todo o setor produtivo, chegando inclusive à indústria de alimentos. O mundo industrial não tem tempo a perder, então proliferam-se as cadeias de fast-food, nada mais do que comida produzida em escala industrial e de forma padronizada. O fordismo está também ligado ao sucesso do chamado estado do bem-estar social, pois ele não exclui o operário da vida econômica -- pelo contrário, passa a inclui-lo de forma que ele possa também ser um importante consumidor. Com o apoio do Estado, os anos do pós-guerra foram os mais prósperos para o capitalismo, onde os trabalhadores desfrutavam de melhores condições de vida.
A maior invenção de Ford foi, no entanto, a linha de montagem. Embora o Modelo T vendesse bem desde seu lançamento, devido à robustez mecânica e o baixo preço -- US$ 860 --, Ford pensava em como poderia aumentar ainda mais a produção. A revolução veio em 1913, aproveitando componentes intercambiáveis e folgas e estudando tempo e movimento de montagem dos carros, Ford, inspirado nos processos produtivos dos revólveres Colt e das máquinas Singer, criou a primeira linha de montagem de automóveis da história. O processo consistia em realizar a montagem do carro em cima de uma esteira, que levava os componentes até os funcionários para que colocassem as peças na carcaça. Esse processo resultou numa crescente especialização do trabalho com os funcionários, constantemente realizando tarefas repetitivas.
Devido ao novo processo, o tempo de produção do Modelo T caiu de 12 horas para apenas uma hora e meia, e com o passar do tempo diminuiu ainda mais. Ford pôs em prática a política de produção em massa para consumo em massa. O modelo, que em 1909 custava US$ 900, passou para US$ 600 em 1913 e o preço foi diminuindo cada vez mais, até chegar a incríveis US$ 260. (tão popular na época quanto difícil de conseguir no jogo...precisa de todas licensas gold na superlicense do gt4...)
Desde que fosse preto... Detalhe curioso é que o Modelo T só era oferecido em uma cor. Conta-se que Ford dizia que se podia comprar o T de qualquer cor, contanto que fosse preto... Isso ocorria porque a tinta preta é mais barata e seca mais rápido que as demais cores, o que agiliza o processo produtivo. Apesar da restrição cromática, o carro foi um sucesso e teve enorme procura. Então, Ford começou a contratar funcionários e construir outras fábricas. Uma nova revolução estava a caminho.
Ford decidiu dobrar o salário de seus funcionários, passando a hora de trabalho de US$ 2,14 para R$ 5,00. A procura pelos empregos foi gigantesca e tal medida provocou um abalo na bolsa de Nova York, conhecido como o Five Dollar Day (dia dos cinco dólares). Os números de produção do Modelo T eram impressionantes, assim como a eficiência do processo produtivo adotado por Ford. Para se ter uma idéia dos números, em 1914 a Ford tinha 13.000 empregados que produziam 308.162 carros, enquanto as outras 299 montadoras do mundo possuíam juntas 66.350 empregados e produziam apenas 280.000 veículos.
À medida em que a produção aumentava, os preços diminuíam, e com isso o modelo ganhava as ruas do mundo. Por volta de 1920, de cada dois carros no mundo, um era o Ford Modelo T. A produção em linha de montagem e a baixa dos preços faziam com que o carro se tornasse cada vez mais popular e passasse a ocupar um importante lugar na sociedade moderna, tornando-se inclusive um símbolo. A popularização do automóvel modificou de forma brusca as cidades.
Com a facilidade dos transportes, as famílias mais abastadas podiam morar longe dos centros urbanos e se dirigir a eles pelas rodovias que estavam sendo abertas. As cidades cresciam em círculos concêntricos, à medida em que as elites se afastavam do centro para viver nas confortáveis casas do subúrbio. As cidades se organizavam em torno do automóvel.
O impacto do modelo de produção implantado por Ford, contudo, não se restringia a suas influências ao mundo do carro. Sua política de produção e consumo em massa atingia todos os setores da indústria. Tal processo produtivo passou a ser chamado de "fordismo" e seria a principal força do capitalismo do século XX. A grande indústria é a mola propulsora do desenvolvimento. Quando Juscelino Kubitschek decidiu fazer o Brasil crescer "50 anos em cinco", uma de suas primeiras medidas foi trazer a indústria automobilística.
O fordismo, no entanto, está presente em todo o setor produtivo, chegando inclusive à indústria de alimentos. O mundo industrial não tem tempo a perder, então proliferam-se as cadeias de fast-food, nada mais do que comida produzida em escala industrial e de forma padronizada. O fordismo está também ligado ao sucesso do chamado estado do bem-estar social, pois ele não exclui o operário da vida econômica -- pelo contrário, passa a inclui-lo de forma que ele possa também ser um importante consumidor. Com o apoio do Estado, os anos do pós-guerra foram os mais prósperos para o capitalismo, onde os trabalhadores desfrutavam de melhores condições de vida.
Interessante versão do Modelo T, construída para enfrentar invernos rigorosos, era o snowmobile ou carro para neve, com esquis à frente e quatro rodas na traseira
Ford continuou à frente de sua indústria até 1943, quando se aposentou para gozar os prazeres da vida e cuidar de sua saúde. Curiosamente, o grande empreendedor acabou perdendo terreno devido à relutância em mudar o Modelo T, quando outras empresas já ofereciam novas cores e equipamentos para seus carros. Ford recuperou prestígio e a liderança nas vendas com seu motor V8, apresentado em 1933.
Esse motor, confiável e potente, foi um sucesso imediato e ficou famoso por ser o carro favorito dos gângsteres da época da Lei Seca. Conta-se que Clyde, da famosa dupla de bandidos Bonnie e Clyde, enviou uma carta a Henry Ford elogiando o desempenho do carro, que os possibilitava fugir da polícia. Curiosamente, ambos morreram em um.
Henry Ford faleceu aos 83 anos, em sua cidade natal. Ao longo de sua existência, a Ford teve alguns fracassos como o Edsel e vários sucessos, como o Thunderbird e o Mustang. Hoje é a segunda maior fábrica de automóveis do mundo.
Quando, em 1927, o bem sucedido Modelo T deixou as linhas de montagem pela última vez, não foi o fim de uma era, mas apenas o despertar de uma nova era que havia começado anos antes, quando o pequeno Ford deixou a fábrica de Detroit para ganhar o mundo. Nenhum carro teve tanto impacto no panorama mundial como o T, pelo que é mais do que justo que seja lembrado para sempre como o Carro do Século XX.
Esse motor, confiável e potente, foi um sucesso imediato e ficou famoso por ser o carro favorito dos gângsteres da época da Lei Seca. Conta-se que Clyde, da famosa dupla de bandidos Bonnie e Clyde, enviou uma carta a Henry Ford elogiando o desempenho do carro, que os possibilitava fugir da polícia. Curiosamente, ambos morreram em um.
Henry Ford faleceu aos 83 anos, em sua cidade natal. Ao longo de sua existência, a Ford teve alguns fracassos como o Edsel e vários sucessos, como o Thunderbird e o Mustang. Hoje é a segunda maior fábrica de automóveis do mundo.
Quando, em 1927, o bem sucedido Modelo T deixou as linhas de montagem pela última vez, não foi o fim de uma era, mas apenas o despertar de uma nova era que havia começado anos antes, quando o pequeno Ford deixou a fábrica de Detroit para ganhar o mundo. Nenhum carro teve tanto impacto no panorama mundial como o T, pelo que é mais do que justo que seja lembrado para sempre como o Carro do Século XX.
Fonte: BEST CARS WEB SITE
http://www2.uol.com.br/bestcars/classicos/ford-t-1.htm
Valeu moçada, e até a próxima!
Re: História do ford T
Muito bom Cemathias, muito bom mesmo!! Nunca conheci a história desse carro muito querido pelas pessoas.
Parabéns amigão!!
Parabéns amigão!!
Vinicius GT4- Piloto de GP2
- Número de Mensagens : 1030
PSN ID : Khamkill
Nivel A-Spec : 39
Re: História do ford T
Excelente! Maravilhosa a história deste que é um dos carros mais importantes de todos os tempos!
Parabéns!
Parabéns!
dsantos- Piloto de Rolemã!
- Número de Mensagens : 37
Re: História do ford T
Boa explicação do Ford T,um carro principal do mundo!Ou devo dizer,o primeiro carro.
Re: História do ford T
Um carro que fez uma grande história, e um preço beeeeem pequeno
Muito Bom Cema!
Muito Bom Cema!
Trial the Echidna- Super Moderador
- Número de Mensagens : 992
PSN ID : trial_echidna
Nivel A-Spec : 38
ESSA VCS VAO GOSTAR!!!!
EU tenho um TATUADO na perna!!!!!!!!
PEKENO tharlis- Membro
- Número de Mensagens : 4
Re: História do ford T
Que bom Cema, foi bom ficar a saber sobre um dos carros mais importantes da história do automobilismo.
O Post está muito bom, parabéns!
O Post está muito bom, parabéns!
G-Sports- Piloto de GP2
- Número de Mensagens : 921
PSN ID : TLevin2000
Re: História do ford T
Massa, eu ainda não consegui no GT
guto- Piloto de Kart!
- Número de Mensagens : 187
PSN ID : guto013
Nivel A-Spec : 40
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