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muscle car / Pontiac GTO

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Mensagem  marcus188 Ter Fev 22, 2011 12:27 pm

Nascidos para ser selvagens

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Com estilo agressivo e potentes V8, os muscle-cars
conquistaram fanáticos dentro e fora dos Estados Unidos

Texto: Rodrigo Fonseca - Edição: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação
Em meados dos anos 60, os consumidores americanos estavam cansados das "banheiras" repletas de cromados e exigiam individualidade e atitude. Foi nesta década que surgiram dois dos tipos mais fascinantes de automóveis que Detroit já produziu: o pony-car e o muscle-car. Mais tarde os dois tipos iriam se misturar, quando os ponies Mustang, Camaro e Firebird entrariam na corrida em busca de potência, como os muscle-cars -- os "carros musculosos", em alusão à aparência agressiva e grande potência.

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John DeLorean adaptou ao Pontiac Tempest um motor de 6,3 litros, o maior existente na
marca: nascia o GTO, precursor dos muscle-cars. No alto, uma versão Judge de 1970

A história dos muscle-cars começa em 1964. O então engenheiro-chefe da Pontiac, John DeLorean (o mesmo que em 1980 construiria o esportivo de aço inoxidável que levava seu sobrenome; saiba mais), coloca no conservador Pontiac Tempest o maior motor V8 disponível na casa: um 389-pol3 (polegadas cúbicas) ou 6,3 litros, de 325 cv brutos. E batiza a criação com um nome "emprestado" da Ferrari: GTO.

As características desse tipo de carro passavam por um motor de grande cilindrada -- V8, claro --, aparência robusta e grande oferta de opcionais, capazes de dar aos seus consumidores a tão desejada individualidade. Um anúncio do Dodge Challenger apregoava: "o carro que você compra quando não quer ser igual aos outros".

Em 1965 o GTO ganhava faróis verticais e mais potência, para chegar a 96 km/h em apenas 6,6 s. A lista de opcionais era enorme
Desde os anos 50 haviam projetos na General Motors para reavivar a imagem esportiva da Pontiac e aumentar seu prestígio. O GTO oferecia uma enorme lista de opcionais, para que o consumidor pudesse "fazer" seu carro. Fazendo as escolhas certas era possível ter um automóvel muito veloz e com ótimo comportamento dinâmico por um preço bastante atraente. Foi um sucesso absoluto.

Dois anos mais tarde, deixava de ser apenas uma versão do Tempest e se tornava um modelo independente. Modificações externas -- como novos faróis verticais e lanternas traseiras -- e mecânicas eram introduzidas, para dar ao carro mais potência e uma aparência ainda mais agressiva. O motor era o mesmo 389, mas agora gerando de 335 a 360 cv brutos, podendo atingir mais de 200 km/h e fazer de 0 a 60 mph (milhas por hora, equivalentes a 96 km/h) em apenas 6,6 segundos.

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Em 1969 chegava a versão Judge do GTO, em cupê (no alto) e conversível. O motor Ram Air possuía captação de ar sobre o capô, para maior enchimento dos cilindros
Ainda havia a opção de motor Ram Air (captação de ar sobre o capô para melhorar o enchimento do motor) de 400 pol3 (6,5 litros), que também gerava 360 cv brutos, mas a um regime mais elevado. Em 1969 chegava a versão Judge. O sucesso continuava e a moda dos muscle-cars tomava importância.

Com o sucesso do GTO, as outras marcas se apressaram em também oferecer seus "carros musculosos". A Chrysler começou a adotar motores Hemi, assim chamados por possuírem as câmaras de combustão hemisféricas, em todos os modelos possíveis, produzindo alguns dos mais fantásticos carros da época. Foi da Dodge que saíram, por exemplo, o Charger e o Challenger. O primeiro, conhecido dos brasileiros pois desembarcou por aqui no início dos anos 70 com um motor V8 de 318 pol3 (5,2 litros), teve em 1968 sua versão mais potente e famosa.

O Dodge Charger R/T é bem conhecido dos brasileiros, mas nos EUA oferecia um
imenso V8 de 7,2 litros e 440 cv brutos, potência que se evidenciava nos anúncios

O Charger R/T daquele ano utilizava um gigantesco V8 de 7,2 litros e 440 cv brutos, chegava a 250 km/h e fazia de 0 a 60 mph em 4,8 segundos. É claro que, com esses números, economia de combustível não era seu forte -- fazia apenas 4,2 km/l --, mas isso não era problema numa época de gasolina farta e barata. O galão (3,785 litros) custava 10 centavos de dólar e os americanos tinham dinheiro como nunca para gastar.

O Charger possuía ainda uma versão batizada de Daytona, variação de rua do Charger criado para disputar as competições da NASCAR (associação que rege as provas de Stock-Car nos EUA) e vencedor da 500 Milhas de Talladega de 1969. Para ser homologado para as pistas o carro tinha de ter determinado número de unidades produzidas em série -- neste caso, 505 exemplares. O Daytona utilizava o mesmo 440, mas preparado para gerar 375 cv brutos (nas pistas era usado o 426 Hemi, devido à limitação de cilindrada da NASCAR). Contava ainda com modificações externas para tornar o carro mais aerodinâmico: frente alongada e afunilada e enorme aerofólio traseiro. Este modelo, 20% mais aerodinâmico que os Chargers anteriores, é hoje uma raridade.

O Challenger surgira como um pony-car, para concorrer com o Mustang, mas em 1970 ganhava porte e desempenho com o mesmo motor de 7,2 litros do Charger
O Challenger, por sua vez, havia sido lançado para competir com os pony-cars Mustang e Camaro, mas já em 1970 ganhava porte e potência, utilizando o mesmo motor 7,2-litros do irmão maior -- o que lhe conferia desempenho extraordinário, por ser menor e mais leve que o Charger. Disponível nas versões cupê e conversível, era oferecido apenas com câmbio automático de três marchas. O Challenger teve em 1970 seu melhor ano em vendas. Tanto o Charger quanto o Challenger se tornaram bastante populares, figurando em filmes e seriados de TV, como Bullit, Corrida Contra o Destino e o seriado Os Gatões
A Plymouth, outra divisão da Chrysler, também transformou o seu pony-car lançado em 1964 num poderoso muscle-car quando apresentou, em 1969, uma nova geração do Barracuda. Também equipado com o V8 440, com três carburadores duplos Holley, era um hot rod (carro extremamente preparado para acelerar nas ruas) de fábrica. Fazia de 0 a 60 mph em 5,9 segundos e atingia a máxima de 240 km/h. O carro possuía um visual esguio, mas ao mesmo tempo agressivo. A tomada de ar que se projetava para fora do capô lhe valeu o apelido de shaker hood (capô que sacode).

Com um V8 de 440 pol3, linhas esguias e interior esportivo, o Plymouth Barracuda fez sucesso. Verdadeiro hot rod de fábrica, acelerava de 0 a 96 km/h em 5,9 s!
O Barracuda era oferecido com várias opções de motores, desde o "pequeno" seis-cilindros até o gigantesco V8 440, e com câmbio manual de quatro marchas ou automático de três. A versão favorita dos norte-americanos era mesmo a 440 com interior baseado nos modelos de corrida, bancos especiais e volante de três raios.

Outro Plymouth que fez história foi o Road Runner Superbird de 1970. O nome vem do simpático personagem da Warner, no Brasil chamado de Papa Léguas, que vive correndo para escapar do coiote. E de fato o nome não poderia ser mais apropriado, já que velocidade também era o ponto forte desse Plymouth. Verdadeira evolução do Charger Daytona do ano anterior, eram esteticamente quase idênticos, com a mesma frente alongada e aerofólio traseiro. O Plymouth, contudo, extraía 390 cv brutos do mesmo 440, chegando a atingir nas versões de corrida 352 km/h! Um dos mais potentes carros já fabricados, teve apenas 1.920 unidades produzidas, o que o torna ainda mais atraente para os colecionadores.
Outro pony-car que ganhou músculos: o Camaro Z28 de 1967 usava um 5,7-litros de 295 cv brutos e foi um grande sucesso, com 220 mil vendidos naquele ano (na foto um SS '69)
A GM não se restringiu à divisão Pontiac e apresentou vários outros modelos para entrar na briga. A Chevrolet contra-atacava o Mustang com o Camaro, uma mistura de pony com muscle-car. A versão Z28 de 1967 utilizava o V8 de 302 pol3 (5,0 litros) com 290 cv brutos e oferecia desempenho bem adequado. Também com uma farta lista de opcionais, o Camaro podia ser um tímido cupê ou um poderoso hot rod. O carro foi um estrondoso sucesso, vendendo 220.000 unidades naquele ano.

Outros modelos da Chevrolet também entraram no páreo. O Impala possuía em 1967 uma versão, batizada de SS 427, com o imenso motor de 7,0 litros e 385 cv brutos de potência. O grandalhão da Chevrolet possuía um desempenho avassalador e também conseguiu expressivo número de vendas, já que poucos carros de seu porte andavam como ele. Outro carro com lugar garantido na galeria da fama dos muscle-cars é o Chevelle 1970, incluindo sua bela versão picape El Camino -- derivado de automóvel, como poucos fora do Brasil. Ambos utilizavam um V8 de 7,5 litros, o que lhes dava um desempenho brutal. O Nova SS com o 5,7-litros de 245 cv brutos também tem seu lugar na galeria da Chevy.

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Em 1970 chegava um novo Camaro: "agora nossos competidores sabem como o capitão do Titanic se sentiu", ironiza a publicidade
A Buick, outra divisão da GM, apresentou um dos mais memoráveis muscle-cars de todos os tempos: o GS-X. Versão de topo da série Gran Sport, que antes contava com versões de 350 e 400 pol2, utilizava o eficiente motor V8 455 (7,45 litros) retrabalhado em comando de válvulas, carburação, bomba de combustível e avanço de distribuição, capaz de gerar 360 cv brutos. Era equipado com câmbio automático de três marchas.

O GS-X possuía tudo que um muscle da melhor estirpe deveria ter, como bancos esportivos, suspensão mais firme, pneus bem largos e desempenho impressionante. Com tração traseira, o único problema era a freqüência com que os pneus desse eixo tinham que ser trocados, tal era a força transferida a eles. O GS-X é dos pontos mais altos na história dos muscle-cars. Acredita-se que, com a preparação correta, era capaz de ultrapassar a barreira dos 250 km/h.
A série Gran Sport da Buick passou por motores 350, 400 e chegou ao 455 de 360 cv brutos, que consumia pneus traseiros com grande apetite
Até a conservadora divisão Oldsmobile aderiu à tendência com o 4-4-2. O carro tinha esse nome por possuir quatro carburadores, transmissão manual de quatro marchas e escapamento duplo. Inicialmente era apenas uma versão do Cutlass F85, mas devido a sua popularidade a Olds resolveu transformá-lo em uma linha própria em 1968. Dois anos depois era oferecida uma nova versão, batizada de W30. Com o motor de 7,45 litros e 370 cv brutos de potência, era um legítimo muscle-car.

No ano seguinte o carro perdeu potência, mas não o suficiente para diminuir seu prestígio. Em 1971, por US$ 3.550 podia-se levar o cupê equipado com um V8 de 7,45 litros, 350 cv brutos, suspensão Rally, bancos especiais e capaz de atingir 200 km/h. O interior também buscava inspiração nas corridas, com o painel baseado nos modelos de competição. Era robusto e potente, bem ao gosto da época. E podia receber, assim como o Camaro Z28, o câmbio Hurst de engates mais rápidos.

O melhor ano para o Oldsmobile 4-4-2 foi 1968, mas em 1970 (foto) ainda oferecia 350 cv brutos e um bom conjunto a preço acessível. A sigla indicava quatro carburadores, câmbio de quatro marchas e dois escapamentos
A Ford decidiu reagir, transformando seu maior sucesso da época -- o Mustang -- em um legítimo muscle-car com a versão Shelby GT 500. Caroll Shelby, um ex-criador de galinhas texano que se tornou piloto, acreditava que nada substitui as polegadas cúbicas de cilindrada. Aplicou ao Mustang de segunda geração um enorme motor de 7 litros e fez algumas modificações externas, para dar ao carro uma aparência ainda mais agressiva

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O motor foi preparado com dois carburadores Holley de corpo quádruplo, tornando-se capaz de 360 cv brutos de potência, podendo vir com câmbio automático ou manual. O Shelby atingia mais de 210 km/h e fazia de 0 a 60 mph em apenas 6,8 segundos. Atualmente o GT 500 pode ser visto no cinema, no filme 60 Segundos, onde participa de uma perseguição pilotado por Nicolas Cage (saiba mais).

O texano Caroll Shelby, criador do roadster Cobra, fez milagres sob o capô do Mustang. As versões Shelby GT 350 (foto) e 500 são até hoje sinônimo de beleza, potência e esportividade
Lee Iaccoca, presidente da Ford, não aprovou as modificações feitas no Mustang em 1967, mas era isso que o público pedia e o carro ganhava corpo para abrigar motores cada vez maiores. Nos anos seguintes a Ford apresentou outras versões ainda mais potentes, como o Boss 429 de 1969. Como o Dodge Daytona, era a versão de rua do carro de competição da NASCAR. O enorme motor de 7 litros tinha 375 cv brutos e câmaras de combustão hemisféricas, como nos Chrysler.

Em 1971 era introduzido o Mach 1, com um novo motor de 7 litros e 370 cv brutos. Embora o carro fosse potente e tivesse um visual agressivo e esportivo, foi o começo do declínio dos Mustangs. Infelizmente, à medida em que o pony-car ganhava corpo e peso, suas vendas diminuíam.
O GT 500 tinha potência bruta de 360 cv e acelerava de 0 a 96 km/h em 6,8 s. Décadas depois, torna-se estrela de cinema no filme 60 Segundos
A Ford, contudo, não contava apenas com o Mustang para disputar o mercado dos muscle-cars. Outros carros foram oferecidos, como o Fairlane GT e o Gran Torino GT. Ambos utilizavam o mesmo motor V8 de 427 pol3 (7 litros), encontrado também em outros modelos da casa. Eram cupês de grandes dimensões, com pequenas diferenças estéticas, e obtiveram bastante sucesso -- não só de vendas, como também nas pistas.

Uma divisão da Ford, a Mercury, também dispunha de carros para entrar na briga. O mais famoso deles era o Cougar, feito na plataforma do Mustang com objetivo de enfrentar os "pequenos" muscle-cars, como Challenger e Camaro. O modelo 1968 oferecia diversas opções de V8, de 5 a 7 litros. A versão mais potente dispunha de 335 cv brutos, fazendo de 0 a 60 mph em 10,2 segundos e atingindo a máxima de 210 km/h.

"Aqui está o que acontece quando você põe um V8 de 429 pol3 num Mustang"... o impressionante Boss 429 usava um 7-litros de 375 cv brutos
Bastante equipado, o Cougar foi um grande êxito. Era um bonito cupê de aparência agressiva, com os faróis cobertos por uma grade vertical. Na categoria dos grandes muscle-cars a Mercury apresentou o Cyclone, cupê fastback de grande porte e visual arrojado, equipado com um V8 de 7 litros retrabalhado para 428 cv.

A história dos muscle-cars começa a terminar em 1973. Com a crise do petróleo e o embargo imposto pelos países produtores, mais a conseqüente alta dos preços do combustível, os americanos preferiam comprar os econômicos carros japoneses aos beberrões nativos. Além disso, o governo dos EUA passou a impor uma série de normas de controle de poluição e de consumo de combustível, o que amarrou ainda mais a potência dos carrões, e estabeleceu o limite nacional de velocidade de 88 km/h.
O Dodge Challenger de 1973, último ano de fartura para os muscle-cars. A escassez do petróleo e os limites de consumo e emissões acabaram com esse fantástico tipo de automóvel
A partir de 1974 todos os carros viram seus motores diminuírem. Modelos tradicionalmente equipados com grandes V8, como o Mustang, passaram a utilizar pequenos quatro-cilindros. Foi o início de uma era sombria para indústria automobilística americana, quando os japoneses tomaram conta do mercado. E o pior, os muscle-cars já não ofereciam aquilo a que um dia se propuseram: individualidade. Sem os motores potentes e numa época em que o desenho dos carros se confundia, haviam perdido o apelo.

Na última década, a lenda dos muscle-cars parece ter ressurgido pelas mãos da Chrysler. Em 1989 foi apresentado no Salão de Detroit o carro-conceito Dodge Viper. Com um estilo exótico e o grande capô ocupando boa parte da carroceria, foi lançado como veículo de série em 1992, em formato roadster. Anos depois ganhou a versão cupê, batizada de GTS. Assim como os muscle-cars do passado, o Viper possui um motor de grandes dimensões (8 litros) e baixa potência específica, ficando a única diferença por conta do número de cilindros: em vez de um V8, utiliza um V10 de 455 cv líquidos.

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A ressurreição dos "carros musculosos", para muitos, está no Dodge Viper V10 de 8 litros, maior motor de automóvel do mundo. A foto mostra o carro-conceito do Salão de Detroit de 1989, à venda três anos depois
Para os puristas, contudo, os mais belos muscle-cars estão no passado, quando Detroit produziu alguns de seus mais fantásticos modelos. São uma página importante da história automobilística, carros que viraram lendas e que definitivamente nasceram para ser selvagens. E assim foram.

"as fotos nao estao na ordem certa mas quem conhece sabe identificar as maquinas a braço a todos"


Última edição por marcus188 em Ter Fev 22, 2011 9:59 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem  JEANTONDELLO Ter Fev 22, 2011 12:37 pm

Opa!

Entre todas as categorias de carros que existem, pode ter certeza que os Muscle Cars são os mais "Nervosos" e "Valentes", Umas das categorias que mais gosto, se tratando dos carros americanos que são os melhores Muscle cars que tem, todos são maravilhosos.

Belo Post Cara!... Continue postando mais sobre a historia de cada das montadoras e de cada carro, Muito Show!.

Abraços e até+.

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